segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Sempre em você...

Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro e o pensamento lá em você... (Djavan)

Me peguei pensando nos nossos momentos de felicidade , me peguei pensando em como era boa sua companhia , me peguei lembrando o cheiro de seu perfume, me peguei lembrando a forma como me olhava e por fim, me peguei pensando em como pude desperdiçar de forma tão tola o afago que me ocasionara...é, sinto falta disso.

domingo, 30 de outubro de 2011

Palavras de outono terminadas em primavera.

Madrugada de uma sexta-feira coberta por nuvens negras no céu com formatos diversos. Desejos carnais , passados como novela em minha mente pertubada e confusa , teria sido o melhor a ser feito? perguntas retóricas a mim mesmo com a capacidade de derrubar minha auto-estima.
Tentar e falhar é pelo menos aprender, não chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido. Carregando esse fardo em meu corpo suado, sentado nesse bar exótico esperando a próxima dose de café permanecia perdido nessa insônia , meu cigarro se mantinha aceso em seu cinzeiro e conforme a fumaça subia ou enchia os meus pulmões, acabava mais e mais comigo mesmo.
Passado outono, um inverno congelante e a saudade do entrelaçar de nossos corpos era inevitável. Numa conversa a sós com meus pensamentos pude perceber com clareza o quanto era livre sem muito esforço e como num desenho sem cor, me perdi.

E sendo assim, vou cultivar da desgraça , do orgulho, do desgosto , esperando o brotar e alvorecer da primavera como se fosse o
último e rezar para que no fim eu possa dizer,
Que você está feliz.

sexta-feira, 25 de março de 2011

Dê valor antes que seja tarde.

Meu nome é Lúcio e hoje me encontro só , atrás de uma parede criada por mim, pelos meus erros e medos não superados quando vivo dos quais tive receio em enfrentar.
Carreguei comigo por todo esse tempo dores de um passado perturbado. Violência em vão e trocas de elogios não agradáveis. Momentos de ira e fúria incontroláveis que passei e se pudesse...Ahh se pudesse voltar no tempo, nada seria como foi.
Erros não teriam sido cometidos e assim teria a oportunidade de olhar no olho de todas as pessoas que gosto e dizer a elas o quão importantes são para mim.
Desculpa e obrigado seriam as palavras que mais sairiam da minha boca e muitos sofreriam menos com isso.

Um pouco sobre minha vida...
Não conheci meu Pai, perdi minha mãe quando criança e a mulher que considerava meu grande amor, jovem. Não tive a chance de ao menos pedir desculpas por ter saído sem avisar e me perder da vida aquela noite. E hoje, vendo tudo daqui, choro por não lhe ter dito o que realmente sentia , por dever-lhe um abraço, palavras de afeto e um colo capaz de aquecer as noites do inverno mais frio.
Choro por seu sofrimento perante a mim, não posso te tocar e não posso te sentir, você não consegue sentir minha presença e isso é o que mais me machuca.

Descanso calado, observando a humanidade egoísta e desprezível , capaz de pisar no próximo por muito pouco.
Infelizmente, muitos ainda caminham para um buraco criado pelas ilusões do dia-a-dia, não sabem o valor de um abraço familiar e o quanto isso pode fazer falta um dia.
Alguns choram por não ter, outros choram por ter demais, mas os piores são aqueles que não tiveram a oportunidade de chorar em vida e ficam se lamentando por toda a eternidade...

Eu sou o que muitas pessoas chamam de superação , mas isso não foi conquistado no tempo em que estive vivo, como muitos , tive que perder para dar valor.
Dê valor a si mesmo e ame o próximo com todas as forças , assim seus olhos brilharão e você conquistará tudo a sua volta.


E assim vou seguir, evoluindo a cada dia que passa e tirando de lição cada erro cometido.
A você que está lendo , desejo sorte, racionalidade e luz em seu caminho.

Amor, força e inteligência.


Lúcio 13/02/1979 - 14/03/2001

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Avião, flash, bum... Eternidade!

Tim e Margareth viajavam em busca da felicidade, rumo ao desconhecido e passavam por lugares jamais vistos. Ali estavam com seus beijos, abraços, afagos e carinhos dos quais todos casais adolescentes conseguem provir e experimentar de forma única como se fosse a primeira vez, uma garrafa de Blue Label os acompanhava e dentro de uma das taças estava uma aliança brilhante como a lua em seu ápice astral, estavam comemorando seis anos de namoro e junto a isso todo aquele fardo e responsabilidades dos quais eles queriam esquecer pelo menos por aquela semana aonde só seria necessário se preocupar com a felicidade mútua.
Bem servidos no boing 3093, classe econômica, não seria de grande utilidade desfrutar de luxúria e mordomia, o que mais lhes importava era o fato de estarem juntos.
Um imprevisto, algo de muito ruim acontecera naquela avião, um flash seguido de um estouro...BUM!

Deitados na areia de uma ilha, ali estavam Tim e Margareth sem lembrar-se de nada , amando-se como sempre, explodindo em paixão, juntos acreditavam que poderiam enfrentar o mundo, um amor incondicional capaz de superar a tudo...
Um vulto passou dentre as árvores e Margareth sentindo sua presença se assustou:
- Sinto medo, dê-me a mão...
- Não precisa ter medo, estou do seu lado e disposto a entregar a minha vida por ti. Respondeu Tim tentando confortá-la.
- Está vendo aquela mulher de vestido branco e reluzente a caminho de nós?
- Não vejo nada, além de árvores e grãos de areia. - Disse ele intrigado.
- Ela está se aproximando,
- Feche os olhos e segure-se em mim, nada é maior do que nosso amor e capaz de nos separar. Tem certeza de que tem algo ali?


Assim o vulto aproximou-se de Margareth e com clareza disse:
- Vocês estão mortos, vitímas de um acidente e não se deram conta disso, o amor de voces fora mais forte e os manteve unidos até agora, não passa de uma ilusão criada pelo seu subconsciente para confortar-lhe o espírito.
- Mas porque não consigo lembrar de nada ? Por que só eu consigo te ver e conversar com você? - Margareth dizia com devoção.
- Você foi escolhida por mim, por ser mais segura de si e por saber tomar as decisões certas, agora cabe a você, viver eternamente nessa ilha ao lado de seu amor , ou libertar o seu espirito e aguardar uma próxima vida, para isso basta dizer a ele que estão mortos. - Em um piscar de olhos o vulto desaparecera, deixando dúvida no pensamento de Margareth.


Desmaiada na praia Margareth havia tido uma recaída e ao abrir os olhos viu o rosto de Tim coberto de lágrimas das quais foram enxugadas com a palma de sua mão, seguida das seguintes palavras:
- Posso ter certeza de que nosso amor é eterno e não deixaria você sozinho nem por um segundo, dê-me a sua mão e sinta o meu coração pulsar por você.
Tim emocionado respondia.
- Eu não seria quem sou se não tivesse a sua companhia, seus carinhos sinceros e olhares seguidos de abraços quentes dos quais qualquer um teria inveja. Gostaria que fosse assim para sempre, juntos.
Margareth sem conter as lágrimas disse:
- Tenha certeza de que isso será eterno, nada é maior do que o nosso amor, nem mesmo a morte.