domingo, 30 de outubro de 2011

Palavras de outono terminadas em primavera.

Madrugada de uma sexta-feira coberta por nuvens negras no céu com formatos diversos. Desejos carnais , passados como novela em minha mente pertubada e confusa , teria sido o melhor a ser feito? perguntas retóricas a mim mesmo com a capacidade de derrubar minha auto-estima.
Tentar e falhar é pelo menos aprender, não chegar a tentar é sofrer a inestimável perda do que poderia ter sido. Carregando esse fardo em meu corpo suado, sentado nesse bar exótico esperando a próxima dose de café permanecia perdido nessa insônia , meu cigarro se mantinha aceso em seu cinzeiro e conforme a fumaça subia ou enchia os meus pulmões, acabava mais e mais comigo mesmo.
Passado outono, um inverno congelante e a saudade do entrelaçar de nossos corpos era inevitável. Numa conversa a sós com meus pensamentos pude perceber com clareza o quanto era livre sem muito esforço e como num desenho sem cor, me perdi.

E sendo assim, vou cultivar da desgraça , do orgulho, do desgosto , esperando o brotar e alvorecer da primavera como se fosse o
último e rezar para que no fim eu possa dizer,
Que você está feliz.

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